Ela sempre teve o olhar, as mãos e a fala firmes.
Sempre andou de cabeça erguida, sem olhar para o chão.
Sempre foi decidida; ou era ou não era - mesmo quando lhe perguntavam se ela queria sorvete de creme ou chocolate e ela respondia "misto!".
Sempre foi centrada nos estudos, sempre tirou nota boa, nunca perdeu um dia de trabalho - exceto pela morte de sua avó - e sempre fez o possível (e o que às vezes parecia impossível) para alcançar seus objetivos.
Mas sempre existe um "maas", então ela se apaixonou. Não, não. Mais do que isso. Ela passou a amar.
O que há de errado em amar? Nada... Pra quem não é um iniciante no mundo das relações amorosas.
Ela descobriu o ciúme, a saudade incontrolável, a vontade arrebatadora de estar perto; sentimentos desconhecidos e de difícil gerenciamento.
Ela achava que iria morrer sozinha, sem ter amado, sem ter sido amada. Era fato. Era real. Era sólido. Era confortável. Era mentira.
E a firmeza se esvaiu. Sonhos soltos tomaram o lugar dos planos concretos e da vida idealizada. Ela se permitiu, se deixou levar. E tudo ia bem, até chegar o medo.
O medo de perder quem ama, o medo de se perder no meio do caminho, o medo de deixar tudo e todos que conhece.
Medo, medo, medo.
Às vezes ela vai dormir apavorada, tamanha a mudança que a aguarda. Às vezes o seu coração se acalma, e ela sabe que está fazendo a coisa certa. Às vezes ela só precisa colocar a cabeça no travesseiro, ter uma boa noite de sono e acordar com a certeza de que vale a pena aguardar as cenas dos próximos capítulos.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Present Perfect Tense
O presente é magnífico. É lindo. É sublime.
É tudo que qualquer pessoa poderia desejar na vida.
E não é que eu queira reviver o passado; eu jamais quis.
Mas eu sou uma pessoa que sente saudades.
Eu acho até que eu gosto de sentir saudades.
Momentos, pessoas, palavras, carinhos, brigas, conversas, conselhos dados, conselhos recebidos, planos executados, planos que ficaram na imaginação...
Eu sou um todo de recordações.
terça-feira, 10 de maio de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
Confusão
con.fu.são
sf (lat confusione) 1 Ação ou efeito de confundir. 2 Estado do que se acha aturdido. 3 Dir Mistura de coisas pertencentes a diversos donos. 4 Dir Modo de extinção da obrigação pela reunião, na mesma pessoa, das qualidades de devedor e credor relativamente à mesma coisa ou obrigação. 5 Falta de ordem ou de método. 6 Tumulto, revolta, barulho. 7 Estado do que encontra dificuldade em discernir. 8 Falta de clareza. 9 Embaraço, causado pela vergonha de alguma falta. 10 Perplexidade.
"Tenho várias caras. Uma é quase bonita, outra é quase feia. Sou um o quê? Um quase tudo."
Clarice Lispector
quarta-feira, 9 de março de 2011
terça-feira, 8 de março de 2011
E a nós,
seres fortes, delicadas, mães, filhas, namoradas, amantes.
À nós, trabalhadoras, estudantes, guerreiras.
Àquelas que sabem o que querem da vida, que são determinadas, decididas.
Àquelas que ainda não sabem, indecisas.
Um feliz dia da mulher.
À nós, trabalhadoras, estudantes, guerreiras.
Àquelas que sabem o que querem da vida, que são determinadas, decididas.
Àquelas que ainda não sabem, indecisas.
Um feliz dia da mulher.
quinta-feira, 3 de março de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
I know.
Estou cansada do teto. Ele é tão... Branco.
O contraste com as paredes roxas é bonito, mas simplesmente cansei dele.
Acredito que é porque ele me dá a sensação de limite.
Não me deixa ver o céu.
Esconde a lua.
Algumas pessoas simplesmente não sabem o limite. Não conseguem parar. Fazem de tudo pra tirar o seu da reta.
E eu ainda me pergunto de quem é a culpa.
O contraste com as paredes roxas é bonito, mas simplesmente cansei dele.
Acredito que é porque ele me dá a sensação de limite.
Não me deixa ver o céu.
Esconde a lua.
Mas pensando bem, tudo deveria ter teto.
Algumas pessoas simplesmente não sabem o limite. Não conseguem parar. Fazem de tudo pra tirar o seu da reta.
E eu ainda me pergunto de quem é a culpa.
Se é que existe um culpado.
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